terça-feira, 11 de novembro de 2008

"Certas coisas, só acontecem com certas pessoas,..."

26/10/08 (cont.)
Malas deixadas em seu local provisório, saio para explorar Paris, a pé como não poderia deixar de ser.

Vejo em meu mapa meu primeiro destino....hummm...bom vou começar pra cá (parte ao norte do Sena), e vamo que vamo.

E me fui. Uns 4ºC, um pouco nublado, iniciei a caminhada: Praça da Bastilha, Pantheon, Catedral de Notre Dame... história pra tudo que é canto que se olhe.

Um almoço respeitável num restaurante de frutos do mar, sem muito escolher, e tive que me começar a me acostumar com o quanto caro é comer na terra de napoleão... 35 euros em média, só pra mim, porções satisfatórias donde saía bem alimentado! Não faça a conversão, pode ser assustador algumas vezes...

Bom, queria ver o Louvre, então vamo que vamo e mais que depressa...Indo prá umas fotos aqui outras alí, e eu “facero igual piá novo”, pois estava eu usando minha nova câmera, uma Sony T300, a qual sonhei por muito tempo possuir.

Bom, como um grande amigo diz: ”certas coisas só acontecem com certas pessoas,...”, não podia ficar tudo tão bom...hehehe...

E eis que eu aqui resolvi atravessar “correndinho” a rua que me colocaria de frente ao museu do Louvre quando, eu “tropeço” num tipo de mini-meio-fio, que os “penderro” dos parisiense colocam para dividir a faixa preferencial de ônibus das outras três....levanto mais que depressa pois os carros antes longe, vinham que vinham, e aos trancos e barrancos chego ao outro lado da rua, bufando, ralado e meio P... da cara.

Pensando estar salvo de um atropelamento internacional, tento me recuperar do tombo quando escuto um senhor do outro lado da rua a me chamar, dizendo: “olhe, veja, não é sua?”, e para meu completo desespero era a minha câmera que estava alí, no chão entre os carros passando, bem onde eu tinha me estatelado.
Em rápidos segundo o “bom” homem partiu em salvamento de minha câmera, enquanto eu assistia a cena impossibilitado pelo trânsito de me aproximar. Ele vai até ela, pega e volta para a beira da calçada, para meu alívio, vendo a câmera um pouco de longe mais inteira.

Pensando que tudo estava próximo de um final feliz eu espero mais uns segundo até que possa atravessar a rua, quando vejo uns três ônibus e alguns motoboys passarem próximos da onde estava o salvador de minha câmera. Com a câmera em mãos, o homem ainda perguntando de quem era a câmera, quando vejo entre os ônibus que um motoboy pára, e diz algo ao homem com minha câmera, enquanto a pega para si sem muita dificuldade ou resistência por parte do homem que salvara o aparelho á pouco.

E eis que vejo o motoboy e minha câmera em seu colo desaparecerem em desabalada carreira pela rua em que estávamos.

Tinho perdido minha câmera, e o agora desgraçado que salvara minha câmera a pouco me olhava com a maior das cara de bunda que vi.

(trecho traduzido do que tento lembrar)
- A câmera era sua????
- ERA! ERA SIM! PORQUE VC DEU ÀQUELE HOMEM??????????
- Ele disse que era dele!

Ahhh sim claro, posso imaginar a quantidade de motoboys que perdem suas câmeras por aí... bem assim!!!!

FILHOS DA MÃE! Eu queria socar alguém.... mas isso não traria nada de volta, então apenas fiquei alí, uns 20 minutos olhando pro nada, tentando entender....

Bom o que estava perdido, estava perdido, e agradeço por hoje conseguir pensar assim...só deixar estar. Acho que reagiria diferente anos atrás!

É, o resto do dia foi uma merda....em Paris...mas uma merda!

E para cumprir com o protocolo de que “para o pior não há limites” ou “nada está tão ruim que não possa piorar...”, guardo as demais desventuras deste 26/10/08 para o próximo post, onde conto como o dia poderia sim piorar....

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